May não deve buscar autorização do parlamento se decidir participar de ações na Síria
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Persiste a expectativa sobre os próximos passos do Ocidente na Guerra da Síria, que podem trazer consequências incertas para o mundo.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, conseguiu convencer seus ministros que o país deve participar das ações militares americanas.
Contrariando a convenção mantida por seus antecessores, May não deve buscar autorização do parlamento para entrar nesta guerra.
Até porque, se o fizesse, correria o risco de sofrer uma derrota derradeira para sua carreira como chefe de governo.
O ponto é que nada está claro nesta questão. Os americanos seguem sob a liderança de um líder desequilibrado sem um plano concreto.
Os rompantes no Twitter dessa semana mostram isso. Trump mandou a Rússia se preparar – ameaçando uma das maiores potências militares do planeta – depois recuou dizendo que não sabe quando vai atacar.
Na melhor das hipóteses, o que ele fez foi avisar Bashar Al Assad que era hora de esconder suas armas e se preparar para um ataque.
Algo que as agências internacionais relatam que o governo sírio está fazendo, ao levar aeronaves e equipamentos de guerra para bases russas na Síria, que dificilmente europeus e americanos terão a ousadia de atacar.
Uma coisa é lançar bombas contra exércitos de descamisados, como os americanos fizeram no Iraque e na Líbia. Outra é intervir num país onde existem bases com armas extremamente sofisticadas, como as de Putin.
Por isso esse conflito tem gerado tanta expectativa e apreensão na Europa.
Não custa lembrar que Israel, Arábia Saudita e Irã também já estão diretamente envolvidos na questão.
Como destaca hoje o colunista britânico Simon Jenkins, “quem olha para a Síria com mais cuidado encontra todos os elementos que levaram às grandes guerras mundiais. Nesta primeira crise nas relações entre ocidente e oriente desde a Guerra Fria, parece que agora devemos confiar na Rússia, não nos Estados Unidos, para mostrar paciência e moderação. Essa é uma perspectiva sinistra”, completa.
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