May não deve buscar autorização do parlamento se decidir participar de ações na Síria

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 13/04/2018 09h49 - Atualizado em 13/04/2018 09h49
EFE/EPA/WILL OLIVER EFE/EPA/WILL OLIVER Contrariando a convenção mantida por seus antecessores, May não deve buscar autorização do parlamento para entrar nesta guerra

Persiste a expectativa sobre os próximos passos do Ocidente na Guerra da Síria, que podem trazer consequências incertas para o mundo.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, conseguiu convencer seus ministros que o país deve participar das ações militares americanas.

Contrariando a convenção mantida por seus antecessores, May não deve buscar autorização do parlamento para entrar nesta guerra.

Até porque, se o fizesse, correria o risco de sofrer uma derrota derradeira para sua carreira como chefe de governo.

O ponto é que nada está claro nesta questão. Os americanos seguem sob a liderança de um líder desequilibrado sem um plano concreto.

Os rompantes no Twitter dessa semana mostram isso. Trump mandou a Rússia se preparar – ameaçando uma das maiores potências militares do planeta – depois recuou dizendo que não sabe quando vai atacar.

Na melhor das hipóteses, o que ele fez foi avisar Bashar Al Assad que era hora de esconder suas armas e se preparar para um ataque.

Algo que as agências internacionais relatam que o governo sírio está fazendo, ao levar aeronaves e equipamentos de guerra para bases russas na Síria, que dificilmente europeus e americanos terão a ousadia de atacar.

Uma coisa é lançar bombas contra exércitos de descamisados, como os americanos fizeram no Iraque e na Líbia. Outra é intervir num país onde existem bases com armas extremamente sofisticadas, como as de Putin.

Por isso esse conflito tem gerado tanta expectativa e apreensão na Europa.

Não custa lembrar que Israel, Arábia Saudita e Irã também já estão diretamente envolvidos na questão.

Como destaca hoje o colunista britânico Simon Jenkins, “quem olha para a Síria com mais cuidado encontra todos os elementos que levaram às grandes guerras mundiais. Nesta primeira crise nas relações entre ocidente e oriente desde a Guerra Fria, parece que agora devemos confiar na Rússia, não nos Estados Unidos, para mostrar paciência e moderação. Essa é uma perspectiva sinistra”, completa.

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