MDB tenta assimilar resultado das urnas para não perder relevância no Congresso

O MDB tenta assimilar resultado das urnas para buscar novos rumos e não perder relevância no Congresso.
Das atuais 66 cadeiras, o partido ocupará 34 na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem. No Senado, a sigla do impopular presidente Michel Temer seguirá como maior bancada, com 12 assentos, sete a menos em relação à atual legislatura.
O ex-ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, atribuiu o desempenho negativo dos correligionários ao descrédito com a política. Derrotado na tentativa de ser presidente da república pelo MDB, Meirelles amargou o sétimo lugar no primeiro turno.
Henrique Meirelles afirma que apenas uma “volta às origens” permitirá uma refundação do partido: “Antes de mais nada, apoiar, defender e votar pelas reformas e tudo aquilo que o Brasil precisa fazer. Segundo, administrar bem, com seriedade, ética e honestidade. E defender a democratização cada vez maior do País”.
Meirelles apontou a polarização que domina a disputa como fator preponderante para o revés do MDB nas urnas.
Frustrado ao tentar a reeleição no Ceará, o atual presidente do Senado e cacique do MDB, Eunício Oliveira, disse que o eleitor votou pela renovação: “a disputa política na democracia é bela, porque as pessoas analisam, escolhem”.
Além de Eunício, não voltarão ao Senado pelo MDB longevos colegas como Romero Jucá, sempre líder de governo, Garibaldi Alves e Valdir Raupp. Outro cacique do MDB a perder o assento na Casa é Edison Lobão, apadrinhado do clã Sarney, que também não terá nomes no Congresso em 2019.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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