MEC define recuperação do Enem e aumento da verba para merenda como prioridades

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça, 10, Camilo Santana declarou os planos do ministério, que também incluem a conclusão de obras e o foco na educação infantil

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2023 08h14 - Atualizado em 11/01/2023 11h52
Reprodução/TV Brasil camilo-santana-ministerio-da-educacao-coletiva-de-imprensa-reproducao-TV-Brasil Ministro da Educação, Camilo Santana, em coletiva

Nesta terça-feira, 10, o ministro da Educação, Camilo Santana, se reuniu com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília. Em coletiva de imprensa, o ex-governador do Ceará admitiu que já pediu oficialmente para a Advocacia-Geral da União (AGU) uma auditoria completa no MEC e que Lula solicitou um levantamento a respeito de todas as obras paradas no Brasil. “Até por conta do relatório do Tribunal de Contas da União que apontou centenas de obras paralisadas na área da Educação no país. Então, nós estamos levantando todas essas obras e o presidente quer em breve anunciar a retomada de todas as obras que estão paralisadas e inacabadas. Nós estamos com a equipe técnica do ministério avaliando obras que estão paradas a muito tempo e que precisarão de reajustes para poder concluir as obras. Todo esse levantamento é uma determinação do presidente. Haverá uma reunião com os governadores do Brasil no dia 27 deste mês, e ele já quer anunciar até lá ações nesse sentido”, declarou o ministro.

De acordo com Camilo Santana, a merenda escolar está sem reajuste há seis anos e que Lula já autorizou um estudo para um eventual aumento nos repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a Estados e municípios: “A ideia é fazer isso antes mesmo do início do ano letivo, a partir de fevereiro”. O ministro também detalhou que as outras prioridades da pasta, a curto prazo, são ampliar o foco na educação básica e retomar a credibilidade do Enem: “O foco é educação básica, até porque os números mostram que só um terço das nossas crianças aprender a ler e escrever na idade certa. Quando você compromete uma criança nessa faze, isso é capaz de comprometer todo o ciclo educacional dessa criança (…) Também vamos fazer uma campanha de retomar o Enem. A cada ano tem diminuído a quantidade de alunos que fazem parte do Enem. Nós chegamos a ter um pico, em 2014, de quase 6 milhões de alunos. O último Enem foram 1,9 milhão de alunos que participaram”.

*Com informações da repórter Paula Lobão

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