Médico de Bolsonaro erra e diz que vacina em teste contra Covid-19 matou voluntário brasileiro

João Pedro Feitosa recebeu placebo e morreu por complicações da doença

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2020 06h22 - Atualizado em 02/11/2020 10h58
EFE/EPA/HOTLI SIMANJUNTAK/Archivo Sem mencionar o nome do governador de São Paulo, Macedo também faz uma crítica a João Doria

O cirurgião Antonio Luiz Macedo, médico do presidente Jair Bolsonaro, divulgou uma mensagem de áudio em que fala, erradamente, que a vacina contra Covid-19 matou um voluntário brasileiro que fazia parte dos testes. Na gravação de cinco minutos, que está circulando em grupos de WhatsApp, Macedo diz ainda que se for bem tratada, a Covid-19 não mata ninguém. “Os trabalhos tem que ser feito com mais seriedade, menos oba oba. De modo que não se admita que um médico de 28 anos de idade morra testando vacina. “, disse.

A afirmação de Macedo sobre a morte do médico voluntário, no entanto, não é verdadeira. O brasileiro João Pedro Feitosa, que fazia parte dos testes da vacina de Oxford, não recebeu o imunizante e morreu por complicações da Covid-19. Ele fazia parte do chamado grupo de controle, que recebe um medicamento sem efeito nenhum, como placebo, para comparar a eficácia e os efeitos colaterais em quem, de fato, tomou a vacina. Sem mencionar o nome do governador de São Paulo, Macedo também faz uma crítica a João Doria. Macedo diz, ainda, que os brasileiros não são cobaias de vacinas. Por fim, o cirurgião Antonio Luiz Macedo lembra que a Anvisa precisa autorizar o uso da vacina antes da aplicação.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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