Comunidade médica debate os chamados ‘passaportes de imunidade’
A falta de segurança dos testes de anticorpos disponíveis e de conhecimento sobre a imunidade de quem teve o coronavírus inviabiliza a ideia de adotar os chamados “passaportes de imunidade” .
Visando uma retomada gradual da economia mundial, a ideia de criar um certificado para as pessoas que já tiveram ou estão imunes à covid-19 começou a ser cogitada por líderes mundiais.
A proposta é que, após a pessoa realizar um teste que indique negativo para a covid-19, seja emitido um documento permita a ela retornar ao trabalho ou não cumprir algumas das restrições do isolamento social.
Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Espanha e Chile são alguns dos países que estudam a iniciativa. No entanto, para o infectologista e presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, a ideia do certificado tem problemas como, por exemplo, a quantidade escassa de testes disponíveis.
Em um documento baseado em 20 artigos científicos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que os passaportes imunidade não devem ser usados.
Segundo a OMS, o risco maior é que pessoas com resultado positivo no teste passem a ignorar conselhos de saúde pública, por se considerarem imunes a uma segunda infecção, hipótese que ainda não foi descartada pela comunidade científica mundial.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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