Medo não é o melhor sentimento para alimentar nesse momento, diz brasileiro em Wuhan
Bom senso e responsabilidade. Essas são as duas palavras que definem os cuidados em relação ao coronavírus para o brasileiro estudante de literatura chinesa, Caleb Guerra, que mora em Wuhan, na China — o epicentro do surto da doença.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, o estudante contou que, ao acordar com a notícia do isolamento da cidade, não teve tempo de deixar o país. “Estamos tentando trazer visibilidade aos brasileiros que gostariam de ser evacuados nessa quarentena. Não somos apenas estudantes. Temos famílias, mães com filhos pequenos no nosso grupo.”
Para ele, medo não é o melhor sentimento para alimentar nesse momento. “A gente vive em certo alerta quando saímos para comprar coisa, com o cachorro, para levar o lixo. Prezamos pelo bom senso: usamos máscara, lavamos bastante às mãos, usamos luvas. Precisamos ser positivos”, relata.
De acordo com Caleb, o que ajuda a lidar com a situação é que os chineses são um povo muito coletivo. “Desde que a cidade foi fechada e isolada você encontra um clima de cooperação. Números foram disponibilizados para a gente ligar caso tenhamos stress, universidades disponibilizam alimento para estudantes estrangeiros e o governo transmite notícias o dia todo. Tentamos cooperar esperando o melhor desfecho”
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