Meirelles nega pressão para mudança de meta fiscal prevista para 2017

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2017 06h38 - Atualizado em 26/07/2017 11h55
26/05/2017- Brasília- DF, Brasil- O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante palestra no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo / Agência Brasil Meirelles descartou que lideranças políticas possam estar influenciando na decisão de aumento do déficit de R$ 139 bilhões

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou haver pressão para mudança da meta fiscal prevista para 2017. Ele descartou que lideranças políticas possam estar influenciando na decisão de aumento do déficit de R$ 139 bilhões.

A pressão pelo aumento da meta teria crescido após problemas na emissão de passaportes e até de carteiras de trabalho.

A mudança também seria uma alternativa a ser adotada pelo Governo devido à dificuldade de aprovação da reforma da Previdência no Congresso.

Henrique Meirelles ressaltou que o tema não sofre nenhum tipo de pressão política externa. “Não estou sentindo pressão. A questão da meta é questão tributária. Em reuniões com gestores do mercado financeiro, muitos disseram que vai ser inevitável em algum momento a mudança da meta. Mas eles não são políticos, estavam falando com avaliação de como vai se comportar a arrecadação no futuro”, disse.

Meirelles destacou que o crescimento da atividade econômica deve colaborar para o aumento da arrecadação.

O ministro da Fazenda afirmou ainda que qualquer mudança será apresentada ao presidente Michel Temer, se houver necessidade: “a meta fiscal é uma proposta que vem da Fazenda, com a concordância do Planejamento, e qualquer mudança que houver, certamente, será uma proposta nossa ao presidente da República. Portanto, não há no momento esta decisão. Mas, como temos dito em relação a várias outras coisas, faremos o que for necessário e melhor para o País”.

Henrique Meirelles destacou que a queda da inflação e até as incertezas relacionadas ao Refis influenciaram na redução da arrecadação.

*Informações do repórter Anderson Costa

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