Melhores condições a docentes e continuidade de projetos são soluções para o ensino básico no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2018 09h47
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Suami Dias/GOVBA O Ministério da Educação divulgou, nesta quinta-feira, os dados do Saeb, o Sistema de Avaliação da Educação Básica, de 2017

Melhores condições para professores e continuidade de projetos que dão certo: na avaliação de especialistas, essas são os principais pontos para reverter a situação do ensino no Brasil.

O Ministério da Educação divulgou, nesta quinta-feira, os dados do Saeb, o Sistema de Avaliação da Educação Básica, de 2017.

Em cada grupo de 10 alunos do ensino médio, sete têm nível insuficiente em português e matemática.

Apenas 4% dos estudantes têm conhecimento adequado nas duas matérias. O ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou que mesmo com evoluções nas etapas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, o nível de aprendizagem médio do país “está no fundo do poço”.

A edição avaliou mais de cinco milhões e quatrocentos mil alunos em 70 mil escolas.

Os testes de língua portuguesa e matemática foram aplicados para estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental e da terceira série do ensino médio.

A professora Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, não acredita que o ensino médio esteja falido.

Para Cláudia Costin é preciso também investir na formação desses profissionais. Os resultados do Saeb também revelaram amplas desigualdades educacionais no Brasil. No entanto, o Ceará teve um destaque positivo: é o estado menos desigual no que diz respeito aos resultados de aprendizagem entre alunos mais pobres e mais ricos do ensino fundamental.

Para a Patrícia Mota Guedes, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, a diferença mostra que a política de integração entre estado e municípios deu certo.

Avaliando a série histórica do Saeb é possível perceber a estagnação do ensino médio.

Se mudanças não forem feitas, o ministro Rossieli Soares afirma ser possível que o ensino fundamental ultrapasse na escala o ensino médio, o que, de acordo com ele, seria um absurdo.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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