Melhoria na educação básica é peça chave para mudanças estruturais a partir do próximo Governo

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2018 07h45 - Atualizado em 04/09/2018 07h46
Marcos Santos/USP Imagens O próprio ministro da Educação, Rossieli Soares, chegou a dizer que o nível de aprendizagem médio do país “está no fundo do poço”

O próximo presidente do Brasil vai encontrar um ensino médio estagnado e uma política educacional que precisa de profundas mudanças.

O diagnóstico sobre a educação básica não é novo, vem desde 2005, e a cada dois anos, quando saem novos resultados, o governo tenta buscar uma solução. Atualmente, sete em cada dez alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb de 2017, divulgado segunda-feira (03), mostra resultados negativos do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental. O próprio ministro da Educação, Rossieli Soares, chegou a dizer que o nível de aprendizagem médio do país “está no fundo do poço”.

Para compor o índice, o MEC considera as notas dos estudantes na prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica, o Saeb, somadas ao fluxo escolar, ou seja, a taxa de aprovação e reprovação, além do abandono dos alunos.

A Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo nortear os planos de ensino nas redes de todo o país, mas também é alvo de críticas por não ser clara em alguns pontos específicos. Por mais que haja interesse em mudanças, a sociedade pede explicações sobre propostas e novas diretrizes.

O desafio é mudar o ensino básico de escolas públicas, mas também das particulares. Investimento em qualificação e valorização dos professores, além da continuidade de projetos que dão certo são as principais propostas da sociedade civil para a melhoria da educação no país.

O gerente de política educacionais do Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, defende que o Brasil aproveite o cenário eleitoral e as mudanças de governos para estabelecer uma estratégia nacional com a participação de estados e municípios.

Hoje, exemplos como do Ceará e de Pernambuco, que apresentaram melhoras nos índices da educação básica, mostram a eficácia dessa metodologia.

Nas vésperas das eleições, o movimento Agora apresenta uma série de propostas aos candidatos à Presidência da República. Melina Risso, cofundadora do grupo, explica que o próximo governante precisa concentrar os esforços em três pontos.

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o PISA, aponta que todos os países com avanços na educação apresentam crescimento econômico.

Além disso, os líderes do ranking também possuem os menores índices de corrupção do mundo. Diante do atual cenário brasileiro, os dados mostram que educação é um dos temas de prioridade do próximo governante.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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