Mês do voluntariado, agosto tem ações voltadas à ajuda e formação de pessoas em vulnerabilidade social

Divulgação e compartilhamento de campanhas são formas de contribuir com as causas, dando visibilidade a elas

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2022 07h32 - Atualizado em 08/08/2022 11h34
Banco de imagens/Pexels voluntariado Ações de voluntariado são diversificadas, com objetivos diferentes, mas todas focadas na proatividade

Agosto é intitulado o mês do voluntariado, mas pouca gente sabe. O trabalho voluntário no Brasil é definido pela lei 9.608-1998, sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Praticar o voluntariado acrescenta novos conhecimentos, prepara as pessoas para a convivência em grupo, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida. O grupo CCC Potiguar, criado em março de 2020, é um projeto comunitário voltado para a problemática da Covid-19 e que ajuda famílias vulneráveis, com distribuição de sopas, alimentos e cestas básicas, além da realização de oficinas com fogo no desenvolvimento da empregabilidade e aumento de renda dos beneficiários. Jeferson Lúcio é um dos voluntários do grupo e diz que mais de 1 mil famílias são auxiliadas em Natal, capital do Rio Grande do Norte, com o apoio de 290 voluntários cadastrados em todo o Estado. “Tem voluntários que preparam os alimentos, tem os que fazem articulações para conseguir donativos. A gente tenta, de alguma forma, convergir as funções para que a ação aconteça. O papel não é só oferecer o curso, a formação, mas ser proativo, chegar nas comunidades que tem problema com fome, desemprego e na educação e desenvolver algo que transforme a realidade daquelas pessoas”, comenta Lúcio.

Em São Paulo, o projeto Mãos de Maria tem muita importância para as mulheres da comunidade de Paraisópolis, localizada na zona sul da cidade. Desde o surgimento do grupo ele tem o foco na distribuição da liderança comunitária e também ao fomento de alternativas de geração de emprego e renda por meio de negócios sociais e pressionando o poder público. Juliana da Costa Gomes, empreendedora social, diz que o grupo nasceu em 2007 como ferramenta para que mulheres que passam por situações de violência doméstica e vulnerabilidade social, de baixa escolaridade e desempregadas pudessem começar a empreender e adquirir independência financeira. “A gente pensou inicialmente em um curso muito simples, mas que elas pudessem boleiras, salgadeiras, gerar economia local, e que não precisassem ir para fora da comunidade, que elas pudessem comercializar de casa mesmo. Se a gente quer transformar a história do nosso país, a gente precisa oferecer oportunidades para que as pessoas saiam de situações difíceis. Então, que você fomente o empreendedorismo, a qualificação, que as pessoas possam retornar ao mercado de trabalho. Dessa forma o país vai ser mais justo para todos”, diz. O corpo de voluntariado dessas instituições é muito variado. Agosto é o principal mesmo para o voluntariado por causa do apelo nacional da data, mas em outros meses faltam pessoas interessadas em participar de atividades voluntárias. A divulgação e o compartilhamento das campanhas são boas formas de contribuir, dando visibilidade para as causas.

*Com informações da repórter Isabela Noleto

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