Mesmo afastado, Cid mantém salário de R$ 27 mil do Exército
STF homologou no último sábado, 9, o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro com a Polícia Federal
O Exército Brasileiro acatou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e afastou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, do cargo. No portal de transparência da instituição o nome do militar ainda aparece na ativa, mas sem função. Mesmo afastado do Exército, Cid continua recebendo salário de R$ 27 mil. Até mesmo na prisão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro seguiu recebendo a remuneração, conforme mostra os extratos também no portal da transparência do Exército. No último sábado, 9, Moraes homologou o acordo de delação premiada do militar com a PF (Polícia Federal). Com a decisão, o tenente-coronel foi solto no mesmo dia, passou a usar tornozeleira eletrônica e deverá seguir uma série de medidas cautelares. Entre as sanções determinadas Cid terá de comparecer ao juízo de execução semanalmente, todas as segundas-feiras. O não comparecimento do militar ao juiz deve ser informado de imediato e o não cumprimento de qualquer medida alternativa implicará sua revogação da liberdade e decretação de uma nova prisão. Após as novas revelações de Cid, que devem ocorrer nos próximos dias, a PF fará diligências para checar a veracidade das informações. No Congresso Nacional, a delação do militar acendeu um alerta entre os governistas, membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Os parlamentares querem ouvir o tenente-coronel mais uma vez. Eles também avaliam pedir ao ministro Alexandre de Moraes as informações que serão oferecidas pelo militar à PF.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro.
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