Mesmo após absolvição, Geddel permanece preso na Papuda

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2018 06h25
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil O caso é aquele em que Geddel pressionou a mulher de Lúcio Funaro para tentar evitar o acordo de delação premiada fechado pelo doleiro

O ex-ministro Geddel Vieira Lima continua preso na Papuda, em Brasília, apesar da decisão, do juiz Vallisney de Souza, de absolvição. O caso é aquele em que Geddel pressionou a mulher de Lúcio Funaro para tentar evitar o acordo de delação premiada fechado pelo doleiro.

O juiz entendeu que, neste processo, não existiam provas de obstrução de Justiça.

A prisão de Geddel foi decretada por lavagem, de dinheiro e organização criminosa no caso dos R$ 51 milhões encontrados no apartamento dele emprestado ao irmão Lúcio Vieira Lima. O mesmo ministro tornou réu o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves por lavagem de dinheiro.

O caso

O juiz federal Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, decidiu nesta quarta-feira (4) absolver o ex-ministro Geddel Vieira Lima do crime de embaraço às investigações das operações da Polícia Federal (PF) Cui Bono e Sépsis, que apuram desvios na Caixa Econômica Federal.

Geddel foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de tentar evitar a delação premiada do empresário Lúcio Funaro, operador financeiro do suposto esquema de corrupção. No entendimento do MPF, Geddel atuou para constranger Funaro, telefonando por diversas vezes para a esposa dele, Raquel Pitta, quando o operador já estava preso, com objetivo de convencê-lo a não se tornar um delator.

Ao absolver Geddel, o juiz entendeu que não há provas que o ex-ministro tenha atrapalhado as investigações. “Não há prova de que os telefonemas tenham consistido em monitoramento de organização criminosa, tampouco de que ao mandar um abraço para Funaro, nos telefonemas dados a Raquel, o acusado Geddel de maneira furtiva, indireta ou subliminar, mandava-lhe recados para atender ou obedecer à organização criminosa”, decidiu.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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