Mesmo no vermelho, RJ analisa desconto na conta de água da Cedae após crise
O governo do Rio de Janeiro analisa com calma a possibilidade de algum tipo de desconto na água de água dos consumidores da Cedae já na fatura do mês de janeiro. Essa possibilidade está sendo analisada pelo governo do Estado e por representantes da empresa de tratamento.
O problema é saber se isso pode ser comportado pelo tesouro fluminense — que está em calamidade financeira desde 2016 e deve continuar assim ate o fim de 2020. Nesse ano, inclusive, o Estado deve fechar com as contas negativas em quase 11 bilhões.
Equipamentos vindo de Mogi das Cruzes, em São Paulo, para melhorar o tratamento da água chegaram na última semana e testes com carvão ativado também são feitos. As são de que a qualidade da água volte ao normal já na próxima semana.
Assim, o líquido pode voltar a ser incolor, inodoro e insipida. Em algumas torneiras, a água da Cedae tem saído com cheiro e cor de barro.
A diretoria da empresa sofreu uma baixa na última sexta-feira (17). Após reunião com o presidente da Cedae, Wilson Witzel decidiu por desligar o diretor de Operações, Marcos Chimelli. Ele estava na chamada linha de frente de combate à crise na água do Rio de Janeiro.
O governador chegou a insinuar, através de uma nota, que pessoas contrárias a concessão da empresa à iniciativa privada — prevista para 2020 — possam estar por trás da crise.
A Cedae deve ser concessionada ainda esse ano — e o prejuízo de imagem afastaria possíveis investidores nacionais e estrangeiros.
A companhia está ouvindo funcionários e terceirizados para entender o que aconteceu.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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