Milei vive momento de crise e tensão após revés nas eleições legislativas de Buenos Aires

Província, governada pelo peronista Axel Kicillof, representa mais de 30% do PIB argentino e 40% do eleitorado nacional; escândalo envolvendo irmã do presidente e desvalorização do peso influenciaram no resultado

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2025 10h51
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EFE/ Juan Ignácio Roncoroni Javier Milei Além disso, o Congresso reverteu pela primeira vez um veto presidencial

A Argentina está passando por um novo período de tensão política após a derrota do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas provinciais de Buenos Aires. O partido de Milei, A Liberdade Avança, ficou 13 pontos atrás da oposição peronista, liderada pelo Força Pátria. Este resultado é visto como um termômetro para as eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro. A província de Buenos Aires, governada pelo peronista Axel Kicillof, é crucial, representando mais de 30% do PIB argentino e 40% do eleitorado nacional. A eleição regional ganhou importância em meio às turbulências políticas e econômicas que o governo enfrenta.

Após a derrota, o presidente Javier Milei reconheceu o revés, mas afirmou que não recuará nas políticas adotadas, prometendo acelerar e aprofundar os planos reformistas. O governo de Milei está sob pressão devido a um escândalo de corrupção envolvendo a Agência Pública para Pessoas com Deficiência, que inclui sua irmã, Karina Milei. Além disso, o Congresso reverteu um veto presidencial, aprovando uma lei que destina mais fundos para pessoas com deficiência. Na frente econômica, o governo começou a intervir no mercado cambial para conter a desvalorização do peso, que se acelerou nas últimas semanas, apesar das altas taxas de juros.

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O professor de relações internacionais, Gustavo Menon, destacou que a derrota de Milei em Buenos Aires reflete um cenário de alta tensão econômica e institucional na Argentina. O governo enfrenta desafios como a inflação crescente e a desvalorização do peso, além de escândalos de corrupção. Menon observou que a oposição peronista está se fortalecendo, criticando a plataforma ultraliberal de Milei. As próximas eleições de meio de mandato serão cruciais para determinar o futuro político e econômico do país, com a renovação do parlamento argentino.

Com informações de Paulo Édison Fiore

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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