Militares são recebidos a tiros durante megaoperação na Rocinha

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2018 09h15 - Atualizado em 09/06/2018 10h06
Fernando Frazão/Agência Brasil Mil homens das Forças de Segurança participam de megaoperação na Favela da Rocinha e em mais três comunidades no RJ

As Forças de Segurança realizam uma megaoperação na Favela da Rocinha e mais três comunidades, na zona sul do Rio de Janeiro. Cerca de mil homens das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Civil e PM, participam da ação.

Ao avistarem a chegada de blindados e de helicópteros, traficantes do Comando Vermelho soltaram fogos e iniciaram um intenso tiroteio com os militares por volta das 6h.

O objetivo da megaoperação é remover barricadas, prender bandidos e traficantes procurados e realizar blitzes no local.

A estrada Lagoa-Barra, que liga a zona sul à zona oeste da cidade chegou a ser fechada pelas Forças Armadas, mas por volta das 8h foi liberada. O trânsito, porém, continuava intenso na região por volta das 9h45, segundo o Centro de Operações Rio.

O Comando Conjunto informou em nota que a ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e remoção de barricadas, além de revistas seletivas de pessoas e veículos. A Polícia Militar atua bloqueando possíveis rotas de fuga de criminosos e a Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais e cumprirá mandados judiciais, condicionada às restrições constitucionais à inviolabilidade do lar.

“Algumas vias na região poderão ser interditadas e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos”, informou o Comando, afirmando que a operação vai beneficiar, direta e indiretamente, 120 mil moradores de comunidades.

Tiroteio na Urca

Um intenso tiroteio entre policiais e traficantes, na tarde desta sexta-feira, 8, levou pânico à Urca, bairro de classe média alta do Rio e interrompeu por duas horas a circulação do bondinho do Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do País.

Essa foi a primeira vez que o teleférico, inaugurado em 1912, deixou de circular pela violência. Um grupo de cerca de 100 pessoas, incluindo dezenas de crianças, ficou isolado no Morro do Pão de Açúcar. O Aeroporto Santos Dumont, no centro, também foi fechado por 15 minutos, porque a Urca fica na rota de pouso e decolagem.

*Com informações complementares da Estadão Conteúdo

 

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