Militarização de escolas pode funcionar, mas não é a solução, diz secretário da Educação de SP
A cidade de Suzano ainda tenta se recuperar do massacre na Escola Estadual Raul Brasil. Neste sábado (13), dia em que o atentado completou um mês, a cidade organizou um evento para promover a paz. A aparente falta de segurança que permitiu que dois ex-alunos entrassem sem maiores complicações na escola e munidos de armamentos abriu a discussão sobre a militarização nas escolas e até sobre isso ocorrer na escola de Suzano.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, lembrou que “a tragédia em Suzano foge de qualquer curva de normalidade e de qualquer processo de segurança” e negou discussão sobre a militarização da escola.
“Não houve discussão sobre isso por parte do Estado. Em determinada circunstância, ter escola em parceria com a Polícia Militar pode funcionar, mas não é esta a solução para a Secretaria. A rede de educação, como em São Paulo, pode ter alguns casos, mas a gente precisa olhar para a raiz”, explicou Rossieli.
O secretário lamentou que debates como esse podem se desviar por limitações técnicas e culturais enviesadas e defendeu que sejam dados a professores os instrumentos para que eles atuem junto aos alunos. “Não devemos perder tempo com debate errado”.
Sobre o caso de Suzano, especificamente, a preocupação vai além da segurança e fica também no trato para com as pessoas. Rossieli Soares reafirmou a presença de psicólogos na escola e na Secretaria de Ensino para que, se for preciso, encaminhe os pacientes atendidos para áreas de saúde.
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