Ministério da Economia reduz custos e corta até ‘cafezinho’
O Ministério da Economia vai cortar despesas na casa de R$ 366 milhões – incluindo o cafézinho. O objetivo é dar o exemplo para outras pastas e setores do governo e garantir serviços essenciais, como o sistemas da Receita Federal, que geram Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) e restituem o Imposto de Renda (IR).
“Tivemos uma boa notícia na arrecadação em julho, o que não quer dizer que teremos a mesma em agosto. Então a Economia está sendo prudente, está buscando, de certa forma, dar um exemplo aos outros órgãos, de focar nos serviços que são essenciais à população e ao próprio governo’, explicou o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Fazenda, Esteves Colnago.
Haverá, também, um remanejamento de R$ 1,8 bilhão em autarquias e fundações, como o Banco Central (BC) e a Receita Federal. O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, lembrou que todas as pastas devem reduzir gastos.
“A gente depende de uma melhoria da arrecadação, depende de outras receitas que podem aparecer, e eles tem que conseguir prestar os seus serviços para a população também com os recursos que estão disponíveis hoje. Então aguardamos que isso sirva de exemplo para eles também. Obviamente temos o poder, mas toda a vez que vou muito no microgerenciamento de um ministério, eu posso estar atrapalhando a eficiência que um gestor tem de cuidar do seu recurso. Ele, às vezes, prefere manter o café e tirar outro serviço. A gente aqui está deixando claro o que é importante”, disse.
O corte e o remanejamento representam R$ 2,1 bilhões. Em 2019, o orçamento do Ministério da Economia foi reduzido em 34%, ou R$ 4,4 bilhões. Antes, limite de gastos previsto para o ano era R$ 12,6 bilhões, e agora está em R$ 8,2 bilhões.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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