Ministério da Infraestrutura discute fim do monopólio da Petrobras no querosene de aviação
O governo brasileiro vai reduzir o preço do querosene de aviação (QAV), que impacta substancialmente nos custos da companhias aéreas, a partir do ano que vem. A garantia foi dada, nesta segunda-feira (25), pelo secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
Atualmente, é possível observar uma verdadeira guerra fiscal entre os dois principais Estados brasileiros: logo depois que São Paulo reduziu as alíquotas do ICMS, que incide sobre o querosene de aviação, o Rio de Janeiro fez o mesmo.
Apesar dos esforços de ambos os Estados, o governo não acredita que a medida seja suficientes. Para o Ministério da Infraestrutura, é preciso atacar o monopólio da Petrobras nesse mercado específico. A estatal produz, distribui e comercializa o produto.
Para acabar com o monopólio e reduzir o preço, portanto, algumas medidas já estão sendo idealizadas dentro da pasta. Uma delas, por exemplo, é pegar um pedaço da grande área da petroleira no Porto de Santos, usada para produzir o QAV, e fazer uma nova licitação para uma empresa internacional via concorrência.
Outar medida que deve ser adotada pelo governo, segundo Marcelo Sampaio, é estimular a criação de dutos para o transporte e o escoamento do produto – hoje, no país, existem apenas dois dutos dessa natureza.
O secretário acredita que, com essas e outras medidas, será possível baixar preço do produto e, consequentemente, reduzir o valor das tarifas e passagens aéreas para os consumidores.
“Nós temos atacado, junto com o nosso time da secretaria de Aviação Civil, essa agenda para que, no ano que vem, nós possamos identificar oportunidades de gerar concorrência na questão do QAV. Então gerando concorrência, a gente tem a expectativa de reduzir o custo do produto e, automaticamente, das passagens”, disse.
Paralelamente às medidas tomadas pelo governo a partir de 2020, a Petrobras também pode dar a sua contribuição na redução do preço do QAV no país. A estatal pretende, no curto prazo, vender parte de seu parque de refino e também reduzir, ainda mais, sua participação na BR Distribuidora.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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