Ministério da Saúde lança campanha e reforça importância da amamentação

Segundo a pasta, o aleitamento materno é a melhor forma de nutrição infantil e é capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos

  • Por Nicole Fusco
  • 01/08/2019 07h11
Mariana Riscala/Portal Jovem Pan Online Mariana Riscala/Portal Jovem Pan Online A amamentação deve ocorrer até os 2 anos de idade ou mais, sendo de forma exclusiva até os 6 meses de vida

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (31) a campanha anual de incentivo à amamentação. O anúncio ocorreu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília.

A ação reforça a importância de amamentar até os 2 anos de idade ou mais, sendo de forma exclusiva até os 6 meses de vida do bebê. Segundo a pasta, o aleitamento materno é a melhor forma de nutrição infantil. Além disso, é capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos, como diarréia, infecções respiratórias e alergias.

Um estudo de 2016 apontou também que 823 mil mortes de crianças e 20 mil de mães poderiam ser evitadas a cada ano com a ampliação da amamentação.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os primeiros mil dias da vida são definitivos. Segundo ele, foi um estudo feito na Romênia que descobriu a importância desse período na vida de um ser humano. Os bebês que não receberam o aleitamento materno apresentaram problemas de saúde.

“Pela primeira vez, foi feito o vínculo com doenças físicas. Câncer é muito maior, diabetes com índice muito maior do que nas nas crianças que foram regularmente amamentadas”, disse o titular da pasta.

Mandetta também afirmou que pretende retomar o inquérito de amamentação, que foi publicado pela última vez em 2008. Ele disse, ainda, que pretende fazer o levantamento no âmbito do Mercosul, para saber como estão os indicadores de amamentação nos países que compõem o bloco.

“O Ministério da Saúde vai retomar o inquérito sobre amamentação neste ano. Como o Brasil é presidente do Mercosul, quero ver se junto com a OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde], da UNICEF, se a gente faz o inquérito de amamentação no âmbito do Mercosul, porque daí a gente teria uma posição de América e acho que isso seria um grande diferencial para chamar a atenção nesses quatro países”, afirmou o ministro.

Na cerimônia, o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, anunciou a habilitação de 39 unidades hospitalares como Hospital Amigo da Criança. Desse total, 31 terão a habilitação renovada e oito serão habilitadas pela primeira vez. Serão destinados R$ 2 milhões ao ano para o custeio dessas unidades.

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