Ministra da Saúde anuncia memorial da Covid-19 e critica ‘política desastrosa’ do governo Bolsonaro na pandemia
Nísia Trindade relacionou as mortes da pandemia ao holocausto e antecipou que o museu deve ser abrigado onde hoje funciona o Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro
Durante uma palestra no congresso da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que parte da população ainda não se vacinou contra a Covid-19 e disse que não se pode esquecer das mortes causadas pela pandemia. “Nós não podemos esquecer esse tempo. Não que nós não consigamos ver que estamos em outro momento, em outra situação. Não é isso. Não só a pandemia, mas a forma como o Brasil a abordou, a política de governo absolutamente desastrosa que nos levou a 700 mil vidas perdidas, isso não pode ser esquecido.” Em seguida, a ministra lembrou que vários governos já criaram museus do holocausto, para que o que aconteceu no passado não se repita, anunciou a criação de um memorial para relembrar a população que morreu por causa da Covid-19 e relacionou as mortes à postura do governo de Jair Bolsonaro (PL).
“O não esquecimento, já que eu falei do holocausto, tem sido uma marca dos museus do holocausto, ou dos espaços de democracia em torno do mundo, nos países que viveram a ditadura. Aqui no Ministério da Saúde, em uma decisão que não é só do ministério, mas de governo, nós teremos um memorial da Covid e uma política de memória deste triste tempo”, declarou. Nísia Trindade também antecipou que o memorial da Covid-19 deve ser abrigado onde hoje funciona o Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro.
*Com informações do repórter Misael Mainetti
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