Ministro da Agricultura defende menor dependência do Brasil por fertilizantes importados

Vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, já declarou que o governo deve retomar o Plano Nacional de Fertilizantes

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2023 08h53
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FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Carlos Fávaro Carlos Fávaro é o atual ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil

O futuro e incentivos para o setor de fertilizantes foram debatidos no 10º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que aconteceu em São Paulo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, participou do evento de forma remota nesta terça-feira, 29, onde destacou a dependência que o Brasil tem de importar o produto e a necessidade de uma boa relação com o mercado externo: “Não queremos nos tornar autossuficientes por dois motivos. Primeiro, porque há um ‘gap’ muito grande entre o que consumimos e o que importamos. E porque faz parte da boa relação comercial comprar aquilo que os nossos países amigos têm para nos ofertar”. A dependência internacional que o país tem na compra de fertilizantes ficou evidente quando se iniciou o conflito entre Rússia e Ucrânia. No total, 80% destes produtos vêm de fora do país e custam, em média, US$ 25 bilhões por ano (mais de R$ 120 bilhões). O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, já declarou neste ano que o governo deve reformular o Plano Nacional de Fertilizantes: “Um plano com medidas concretas e que reduzirá a nossa dependência de fertilizantes, diminuindo custos de nosso produtores rurais, gerando emprego na indústria e ampliando ainda mais os mercados exteriores para a nossa produção agrícola”.

Em relação ao agronegócio, Fávaro disse que o objetivo do governo é expandir a ocupação de terras sem desmatar florestas: “Vamos incorporar mais 40 milhões de hectares. A diferença é que dessa vez não precisaremos de mais 50 anos, e sim de 10 anos. Já estamos incorporando algo em torno de 2 milhões de hectares por ano de pastagens degradadas e transformadas em agricultura ou pastagem eficiente (…) Também não precisaremos adentrar a floresta, vamos fazer esses 40 milhões de hectares sobre as pastagens, preservando e conservando o meio ambiente, transformando pastagens degradadas e emissoras de CO2 em agricultura eficiente”.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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