Ministro da Saúde admite dificuldade para normalizar entrega de vacina contra o sarampo em SP
O aumento nos casos de sarampo em São Paulo começa a preocupar as autoridades. Em um mês, de junho até agora, o número de casos da doença no estado aumentou 304%.
Mais de 60% estão concentrados na capital paulista, mas também há registro em outras cidades da região metropolitana. Por isso, a Secretaria Estadual da Saúde anunciou nesta sexta-feira (5) que vai estender a campanha de vacinação contra o sarampo para o ABC paulista, além de Osasco e Guarulhos.
A Secretaria de Saúde de São Paulo solicitou ao Ministério da Saúde doses extras da vacina, que devem ser enviadas nas próximas semanas de forma escalonada.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não é possível disponibilizar as vacinas de uma vez só. “São Paulo me solicitou mais 2,5 milhões de doses”, disse. “Mas vacina não é uma coisa que a pessoa fala ‘precisa de 10 milhões de doses’. O mercado não tem pronta entrega”, explicou.
A ação em São Paulo começa na próxima quinta-feira, dia 11 de julho, e a meta é imunizar, nas cinco cidades, mais de 900 mil jovens e adultos. O público-alvo são pessoas de 15 a 29 anos, que respondem por quase metade dos 206 casos registrados no estado.
Os jovens dessa faixa etária estão mais sujeitos a contrair sarampo, porque podem não ter tomado a segunda dose, já que anteriormente era recomendada apenas uma aplicação.
Sarampo no norte e gripe no sul
Mandetta ainda disse que a pasta também está monitorando casos de sarampo na região norte do país, devido a entrada dos imigrantes venezuelanos. Em relação a vacina da gripe, o ministro destacou que os estados da região sul vacinaram pouco.
“Agora tem a primeira onda de frente fria, muito provavelmente, daqui a 15 ou 20 dias, vai aumentar os casos de gripe na região sul. Aqueles que não tomaram a vacina podem ter um risco muito grande de contrair gripe, que é uma doença que mata, já temos mais de 240 óbitos neste ano”, lembrou.
O Ministério da Saúde reforçou que a vacinação é a única forma de se proteger de doenças como a poliomielite, o sarampo e a caxumba.
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