Ministro da Saúde diz que “falta gestão” no Hospital São Paulo e nega recursos extras
O ministro da Saúde disse que há falta de gestão no Hospital São Paulo e que não vai destinar recursos extras para a instituição. Ricardo Barros deu as declarações durante uma visita ao Instituto do Coração na capital paulista nesta terça-feira (11).
Ele foi questionado a respeito de uma entrevista concedida pela reitora da Universidade Federal de São Paulo, gestora do hospital, na semana passada. Soraya Smaili disse ao jornal Valor Econômico que o Hospital São Paulo pode cortar residentes por falta de verba.
Ela afirmou ainda que a instituição deixou de receber verbas do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais.
De acordo com a reitora, o dinheiro do programa, também conhecido como Rehuf, parou de ser disponibilizado no ano passado.
A alegação do Ministério da Saúde é de que o Hospital São Paulo se transformou numa organização filantrópica. Smaili disse que isso “é uma falácia” porque outros hospitais universitários operam do mesmo jeito e não teriam sofrido cortes.
Nesta terça-feira, Ricardo Barros rebateu a reitora e disse que essa afirmação é uma desculpa da reitora e que a atuação dela é política: “é desculpa, a equipe dela esteve no Ministério, se convenceu, mas ela não se convence porque é um agente político”.
O ministro afirmou que o Hospital São Paulo tem direito a receber outro repasse para entidades beneficentes, conhecido como Cebas.
Ricardo Barros afirmou ainda que o hospital está gerindo recursos de maneira ineficiente: “desculpa, falta gestão. Não há outra justificativa”.
O Hospital São Paulo, por meio de nota, refuta veementemente a afirmação de que a reitora é uma agente política, já que não ela possui filiação partidária.
A Unifesp disse que encaminhou um parecer aos ministérios da Saúde e da Educação em maio dizendo que não há impedimentos para receber verbas do Cebas e do Rehuf.
A instituição afirma ainda que até agora não recebeu nenhuma resposta das pastas a respeito deste documento.
O Hospital São Paulo afirma ainda que reduziu os custos de contratos de serviço em 15% e também os custos de locação de imóveis, além de ter cortado outras despesas.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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