Ministro diz que privatização da Eletrobras deve ser concluída no primeiro semestre de 2018
A privatização da Eletrobras, anunciada no fim do mês passado, deve ser concluída até o primeiro semestre do ano que vem, segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Atualmente, o modelo é uma sociedade de capital aberto, onde o Governo é o controlador por ser o acionista majoritário: detém mais de 60% das ações.
Com a privatização, esse percentual deve ser reduzido a 47% e o controle da Eletrobras passará a ser da iniciativa privada.
Em entrevista nesta terça-feira (12), o ministro Fernando Coelho Filho explicou a jornalistas que a venda da Eletrobras vai ser diferente das licitações que geralmente se vê: “a ideia é que esses papeis sejam ofertados ao mercado e seja pulverizado o capital da empresa, ela se tornando assim uma empresa privada, livre das amarras, mais ágil”.
Sem as “amarras” do Governo a que se referiu o ministro, ganha o acionista que aceitar assumir as empresas com o menor aumento de tarifa.
Mas o anúncio das privatizações dividiu opiniões. Governadores do Nordeste enviaram uma carta ao presidente Temer, se dizendo contra a desestatização da empresa.
O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, o deputado Danilo Cabral (PSB-PE), disse não acreditar na melhoria do serviço oferecido se o estado sair do controle: “a Vale do Rio Doce foi privatizada e é responsável pelo maior desastre ocorrido no Brasil”.
Em entrevista coletiva, Fernando Coelho Filho afirmou que não existe possibilidade de alguma empresa ficar de fora da desestatização da Eletrobras, inclusive a Chesf.
*Informações do repórter Caio Rocha
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