Ministro do Trabalho é afastado pelo STF e deputado do PTB é alvo de busca e apreensão em operação da PF
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (05), mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP). O ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi afastado do cargo.
A ação deflagrada nesta manhã é um desdobramento da Operação Registro Espúrio, que desarticulou suposta organização criminosa integrada por políticos e servidores. O grupo teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério.
São cumpridos nesta manhã dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília e no Rio de Janeiro.
A Polícia Federal informou ainda que serão impostas medidas cautelares aos investigados de modo que os políticos fiquem proibidos de frequentar o Ministério do Trabalho e manter contato com os demais investigados ou até mesmo servidores da pasta.
O material coletado e as investigações nas primeiras fases da operação indicam a participação de novos atores e apontam que cargos grande da pasta foram preenchidos com pessoas comprometidas com os interesses do grupo criminoso citado, o que permitia a manutenção de ações ilícitas.
Operação Registro Espúrio
No dia 30 de maio, a Polícia Federal deflagrou a Operação Registro Espúrio, que apura fraudes em contratos sindicais junto ao Ministério do Trabalho. Agentes da PF realizaram busca e apreensão na Câmara dos Deputados.
Entre os principais alvos da operação estavam os gabinetes dos deputados Paulinho da Força (SD), Jovair Arantes (PTB-GO) e Wilson Filho (PTB-PB).
Ao todo, a PF cumpriu 64 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária. A operação se estendeu também pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.
Segunda fase
A Polícia Federal deflagrou na manhã do dia 12 de junho a segunda fase da Operação Registro Espúrio. O objetivo era aprofundar as investigações sobre a suposta organização criminosa que teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho. Este grupo é formado por políticos e servidores.
O alvo da operação foi a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ). A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços da deputada, como o gabinete e o apartamento funcional.
Os agentes da PF cumpriram ainda três mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF em Brasília e Rio de Janeiro. Por meio de nota, a PF afirmou que “além das buscas, a pedido da Polícia Federal e da PGR, serão impostas medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores do Ministério”.
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