Ministro francês deixa cargo após revelação de jantares luxuosos pagos com dinheiro público
O ministro do Meio Ambiente da França pediu demissão após escândalo envolvendo jantares caros pagos com dinheiro público. Em comunicado, François de Rugy afirmou que estava sendo vítima de um linchamento midiático.
O partido do presidente Emmanuel Macron temiam que as críticas ampliassem o discurso da oposição, de que ele governa para os ricos.
O escândalo teve início quando o site investigativo Mediapart revelou que Rugy organizou jantares luxuosos em que eram servidos vinhos caros, champanhe e lagosta entre 2016 e 2017. Entre os convidados estavam amigos ou pessoas próximas à mulher dele, Séverine de Rugy.
Reação dos deputados
Para o deputado Ugô Bernlicís, do partido França Insubordinada, a saída do ministro é necessária. Segundo ele, a questão agora é saber se o próximo ministro continuará assinando acordos comerciais, como o com o Mercosul, ao mesmo tempo em que diz que o país está fazendo ecologia, o que para o parlamentar, são coisas contraditórias.
Já o deputado Gílhe Le Gândre, presidente do movimento República em Marcha, agradeceu ao ministro pelo afastamento definitivo. Para ele, François de Rugy pediu demissão provavelmente com grande dificuldade, mas para proteger a maioria governista.
A polêmica das lagostas foi agravada com a divulgação do alto custo da reforma do apartamento privado do Ministério, que custou o equivalente a R$ 265 mil de dinheiro público. Só o closet instalado por François de Rugy custou R$ 71 mil.
O presidente Emmanuel Macron ainda não definiu o substituto para o cargo.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
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