Ministro da Justiça escolhe delegado da PF para chefiar diretoria responsável por dossiê

O ministro afirmou que confia que todas as ações do serviço de inteligência seguem critérios técnicos baseados na legalidade e imparcialidade

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2020 08h45 - Atualizado em 05/08/2020 08h47
Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo Ministro de Estado discursa publicamente Além de dar explicações para a Justiça, o ministro também terá que se justificar perante ao Congresso Nacional

A ministra Carmen Lúcia do Supremo Tribunal Federal (STF) deu 48 horas para que o ministério da Justiça explique a produção de um relatório com informações de quase 600 servidores públicos de movimentos antifascistas contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Ela, que é relatora de uma ação que pede imediata suspensão de tais informações de inteligência, afirmou que a prática é incompatível com a democracia. Segundo a ministra, se a denúncia for verdadeira, põe em risco direitos previstos na Constituição.

Diante da repercussão negativa, o ministro da Justiça, André Mendonça, trocou o chefe da diretoria da secretaria de operações integradas. O delegado da Polícia Federal Thiago Marcantonio Ferreira vai substituir o coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes, que é apontado como o responsável pela investigação. Durante entrevista à Jovem Pan, o ministro afirmou que confia que todas as ações do serviço de inteligência seguem critérios técnicos baseados na legalidade e imparcialidade. Além de dar explicações para a Justiça, o ministro também terá que se justificar perante ao Congresso Nacional. A ideia é que André Mendonça participe de uma videoconferência com deputados e senadores para prestar os esclarecimentos necessários.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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