Ministro nega crise e diz que há dificuldade de gestão e pressão política em universidades

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2017 09h09 - Atualizado em 07/09/2017 09h10
Brasília - O ministro da Educação, Mendonça Filho faz um balanço das inscrições do Enem (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil "Não existe nenhuma argumentação que sustente falta de recursos na manutenção e investimentos nas principais obras de universidades federais no Brasil”, disse

O Ministério da Educação autorizou, nesta quarta-feira (06), a liberação de R$ 1 bilhão para universidades e institutos federais em todo o País. Entretanto, há a dúvida sobre o repasse das verbas, já que existem universidades em situações dramáticas e hospitais, ligados a estas, que também possuem problemas, como é o caso do Hospital São Paulo.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro Mendonça Filho negou que exista uma situação de drama nas universidades federais e apontou que o que deve existir é dificuldade de gestão ou pressão política.

“Algumas universidades têm dificuldade de gestão e outras se utilizam de pressão política para acomodar suas dificuldades internas ou satisfazer grupos mais radicais dentro das universidades do que propriamente uma alegação fundada em fatos. Não existe nenhuma argumentação que sustente falta de recursos na manutenção e investimentos nas principais obras de universidades federais no Brasil”, disse.

Segundo Mendonça Filho, o Ministério não conseguia cumprir 100% da liberação de recursos, mas isso há dois anos e que, no ano passado, isso foi cumprido. “Neste ano, nós já liberamos ou disponibilizamos para gasto das universidades 80% do orçamento de custeio. Confronto e coloco em contraponto na argumentação de que faltam recursos para as universidades. Se estamos em setembro e já disponibilizamos 80% do custeio da máquina em funcionamento das universidades, não faz sentido alegar falta de recursos para manutenção. Há uma grande confusão”, defendeu.

Confira a entrevista completa:

Liberação de recursos

O Ministério informa que já liberou neste ano R$ 5,13 bilhões para as universidades federais em limite para empenho do orçamento. Desse valor R$ R$ 4,5 bilhões são para atendimento de despesas de custeio e R$ 586 milhões para as despesas de investimento.

O MEC informa também um aumento de cinco pontos percentuais para custeio e para investimento, que faz subir de 75% para 80% o limite de liberado para as universidades e institutos.

Nota oficial informa que “do R$ 1 bilhão liberado hoje, R$ 558,69 milhões são referentes a recursos financeiros discricionários e R$ 449,6 milhões a uma liberação de limite para empenho do orçamento equivalente a um acréscimo, em relação aos valores já liberados, de 5 pontos percentuais em custeio e 5 pontos percentuais em investimento para cada uma das instituições federais”.

O orçamento liberado para institutos federais em 2017 é de R$ 1,9 bilhão, sendo 1,8 bilhão de custeio de R$ 140 milhões de investimento.

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