Ministro nega falta de recursos e diz que era UFRJ quem decidia o quanto destinava ao Museu Nacional

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2018 08h45
EFE

Após terminado o trabalho de conter o fogo que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, começam os trabalhos para recuperar o local, o acervo, e para retomar os investimentos que estiveram em queda nos últimos anos.

O museu tem sua gestão atrelada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, portanto, depende do repasse de recursos da instituição de ensino para sua manutenção.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Educação, Rossieli Soares, explicou que os modelos de gestão atrelados a universidades precisam ser discutidos. “O próprio Ministério da Educação não toma decisão sobre o orçamento do Museu. O MEC envia recurso para a UFRJ e é ela quem determina as prioridades”, esclareceu.

Segundo Rossieli Soares, os recursos encaminhados à UFRJ não diminuíram ao longo dos anos, entretanto, a queda de repasse foi constatada por parte da universidade ao Museu Nacional. “Os recurso da universidade são mais de R$ 3 bilhões e R$ 388 milhões para despesas discricionárias.

Como o Museu está dentro da universidade, é decisão dela o quanto ela aloca”.

Sobre a liberação de dinheiro por parte do BNDES, o ministro disse que era preciso liberar e aprovar o projeto e que, “infelizmente”, tal fato não ocorreu antes. “Agora a gente tem de olhar para a frente e tratar da recuperação do nosso museu”, afirmou.

Para a recuperação, de acordo com ele, a primeira providência é manter a estrutura que restou em pé. A primeira parte dos recursos destinada à recuperação do Museu Nacional será para a proteção da estrutura.

Quanto aos itens perdidos nas chamas, o ministro evitou dar números: “ainda não temos levantamento exato. Existem áreas que não sabemos se foram queimadas, ou seja, se perdemos todos os objetos. Precisamos da liberação para ter acesso ao prédio e aí sim dizer quanto de perda tem”.

O Governo mantém agora conversas com a Unesco, que garantiu que entrará com recursos e especialistas. “Estamos abertos a receber ajuda internacional especialmente para recompor o acervo do museu. O presidente fez contato com bancos brasileiros, com a Febraban, para que esses possam ajudar com recursos, via Lei Rouanet. Estamos trabalhando com todas as possibilidades”, finalizou.

Confira a entrevista completa com o ministro da Educação, Rossieli Soares:

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