Míssil que sobrevoou Japão pode colocar país de volta ao cenário nuclear, avalia embaixador

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2017 09h05 - Atualizado em 29/08/2017 10h31
Agência EFE Tentativa de lançamento de míssil na Coreia do Norte em junho deste ano

O Exército da Coreia do Sul disse que o regime de Kim Jong-un fez o lançamento de um míssil balístico nesta terça-feira (horário local) que sobrevoou o Japão, atravessando o espaço aéreo japonês e caindo no Mar do Japão. De acordo com o governo do Japão, não houve registro de quaisquer danos após o lançamento de míssil norte-coreano.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o embaixador Marcos Azambuja afirmou que a situação está se complicando e o patamar de risco vai se elevando. “O problema dos mísseis é que tudo se dá em uma velocidade que não cabe conserto. A Coreia do Norte aumentou o patamar de instabilidade e insegurança”, disse.

Para Azambuja, o míssil em direção ao Japão pode levar este a ter suas armas próprias e aí inserir mais um ator ao cenário nuclear. Sobre a omissão chinesa, o embaixador destacou que há a possibilidade de a China estar “assustada e sem saber o que fazer”. “Tenho a impressão que a China não sabe o que deve fazer diante do ator errático e lunático como é Pyongyang”, explicou.

Marcos Azambuja alertou ainda para o risco de uma ação militar efetiva por parte dos outros países para tentar deter a Coreia do Norte. “Minutos contam na guerra dos mísseis. Um míssil disparado deflagra respostas imediatas e não pode ser revertido. São atos rápidos que você não tem tempo de reflexão, de consulta, de reexame”, afirmou.

Confira a entrevista completa:

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