Modelo mais folgado de quarentena poderia não dar certo no Brasil
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O modelo de combate ao coronavírus adotado pela Suécia dificilmente poderia ser replicado em outros países, como o Brasil. Desde o início da pandemia, o país escandinavo não regulamentou leis para o isolamento social, nem impôs multas aos cidadãos.
Ao contrário, o governo propôs uma política pública baseada na compreensão, cuidado e segurança com o próximo. O professor Gonzalo Vecina Neto, da Faculdade de Saúde Pública da USP, ressaltou que há muitas diferenças econômicas entre Suécia e Brasil.
Além disso, os dados mostram que, apesar das condições favoráveis na Suécia, a quantidade de infectados e de mortes no país é proporcionalmente maior do que a registrada no Brasil.
Até esta segunda-feira (4), a Suécia contabilizou 22.721 mil pessoas contaminadas com a covid-19 e 2.769 mortes decorrentes da doença. Já o Brasil, tinha 107.780 casos e 7.321 óbitos.
Por isso, o professor Gonzalo Vecina Neto, da USP, não aprova o modelo adotado pelo governo sueco. Na verdade, a Suécia não registra vantagem nem mesmo quando comparada aos vizinhos escandinavos, que adotaram medidas de isolamento social.
Finlândia, Noruega e Dinamarca não ultrapassaram, juntos, mil mortes por covid-19.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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