Monitoramento de quadrilha possibilitou ação rápida da Polícia em Guararema, diz major
Ao menos 11 criminosos foram mortos nesta quinta-feira (04) durante tentativa de assalto a dois bancos durante a madrugada, em Guararema, na Grande São Paulo. Um grupo de cerca de 25 criminosos atacou agências do Banco do Brasil e Santander e explodiram caixas eletrônicos do primeiro, mas não conseguiram levar o dinheiro do ataque à segunda agência.
O grupo, segundo afirmou em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o porta-voz da Polícia Militar, major Emerson Massera, já era monitorado pelo Ministério Público e pelas Polícias Civil e Militar. Por conta da ação de inteligência, os agentes da Polícia conseguiram cercar os criminosos durante a ação.
“Em relação aos criminosos, é uma ação bastante ousada e uma das ações mais bem-sucedidas da Polícia, embora a gente não fique satisfeito com o resultado morte (…) Não sabíamos exatamente onde seria a ação, mas sabíamos que na região poderia haver tentativa de furto de caixas eletrônicos. O reforço foi bastante significativo, o que possibilitou a ação rápida da Polícia”, explicou o major da PM.
Sobre a ousadia da ação dos criminosos, o porta-voz da Polícia Militar destacou o uso de fuzis, pistolas, espingardas calibre 12, coletes à prova de balas e carros blindados. O que mostra a ousadia é o fato de cometer o crime ao lado de delegacia e usarem ‘miguelitos’. “Eles contavam com a possibilidade de investida da Polícia, mas temos uma tropa bem preparada”, ressaltou.
O fato de o crime ocorrer em uma cidade longe dos grandes centros se deve, segundo Massera, a um “ambiente mais adequado para a prática de crimes”. Segundo o major, os caixas eletrônicos de pequenas cidades costumam ter mais dinheiro e a presença de policiais é menor. “Eles optam por cidades menores, mas a diferença é o trabalho da inteligência, das polícias e Ministério Público monitorando as quadrilhas”.
A respeito do poder de fogo dado a policiais para que estes se equiparem ao armamento utilizado por criminosos, Emerson Massera foi claro ao dizer que arma policial não é fuzil, mas sim pistolas, e ponderou: “hoje temos a polícia também equipada com fuzis, armas adequadas e fazer frente a esse tipo de crime. Já frustramos várias ações graças a esse preparo que vem sendo adequado. Para esse tipo de ocorrência policial tem que ter preparo à altura. Utilização de armas adequadas já começa a dar insegurança aos criminosos”.
Reféns
O grupo foi atacado na estrada Guararema-Santa Branca e alguns criminosos foram mortos neste local. Durante a fuga, outros dois foram mortos em uma zona de mata, onde as buscas continuam.
Ainda enquanto tentavam fugir, um criminoso invadiu um sítio e fez reféns os moradores, mas a Polícia identificou o local e matou o criminoso.
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