Moody’s acredita que polarização nas eleições é desafio para aprovação de reformas
Moody’s destaca polarização política após primeiro turno e vê desafios para aprovação de reformas. A agência de classificação de risco disse que “independentemente de quem for eleito, o novo presidente terá que formar alianças no Congresso. Isso para aprovar as reformas fiscais, particularmente da Previdência, para lidar com fraqueza fundamental no perfil de crédito do Brasil”.
O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e o petista Fernando Haddad vão se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais no próximo dia 28.
A agência apontou que é preciso “manter a confiança do investidor, preservar a estabilidade financeira e estabelecer alicerces para o crescimento sustentado”.
O economista Antônio Correia de Lacerda, professor da PUC-SP, afirmou que as reformas, muitas vezes, atendem a setores específicos: “na forma em que está colocado, varias das reformas poderão ser questionadas a depender do programa econômico e da gestão macroeconômica do eventual vencedor desse segundo turno”.
Segundo o economista Antônio Correia de Lacerda, a avaliação da Moody’s não chega a ser determinante para a definição de investimentos.
O consultor econômico José Mauro Delella enfatizou que o grande problema do Brasil é o déficit fiscal: “o primeiro desafio é dar uma sinalização clara de como vai ser tratado esse problema fiscal”.
Com o resultado do primeiro turno, Jair Bolsonaro transformou seu partido, o PSL, em uma potência parlamentar, provocando uma mudança sísmica. O PSL deve ficar com 51 cadeiras na Câmara dos Deputados, de 513 assentos, ficando atrás apenas do PT, de Haddad, que deve ter 57 vagas.
Confira a cobertura completa das Eleições 2018
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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