Moradores da capital calculam os prejuízos após enchente ‘nunca vista’
Guinchos, lama e água. Esse era o cenário na Zona Oeste da cidade de São Paulo nesta terça-feira (11), o dia seguinte às fortes chuvas que atingiram a capital paulista. A região foi a que mais sofreu com o temporal, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas).
A professora Graziela Rodrigues mora no térreo de um prédio próximo à Ceagesp, o maior entreposto de alimentos da América Latina. Ela contou que ainda estava dormindo, quando a água invadiu o apartamento.
“Eu tava dormindo, tava de pijama. Comecei a pedir ajuda para os vizinhos e subimos o fogão, a geladeira para o 1º andar, erguemos a cama. Perdi o guarda-roupas e a cômoda.”
A advogada Andreza Alves estava ajudando a guinchar o carro do irmão dela. O veículo, assim como os demais que estavam na rua, ficou quase totalmente submerso.
Andreza mora na região há muito tempo e nunca tinha visto uma situação como essa. “Moro aqui no bairro a vida toda, já teve enchentes bem feias. Mas nesse nível que foi segunda eu realmente não lembro. Foi bem difícil.”
Na tentativa de tentar salvar os equipamentos da locadora dele, o empresário Alexandre Fuchigami veio até o prédio, próximo à Ceagesp, para buscar um amigo. Mas, como ele não conseguia passar de carro, ele comprou um caiaque.
“A gente sabe que aqui na Leopoldina tem esse histórica. A gente sempre brincava quando chovia um pouco: ‘pega o bote, pega o caiaque’. Mas sempre foi de brincadeira. Eu comecei a ficar desesperado porque as pessoas pararam de responder o celular e não sabia mais o que fazer.”
Alexandre diz que móveis, computadores e equipamentos de filmagens foram perdidos na enchente e o prejuízo pode chegar a R$ 300 mil.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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