Moradores de rua temem avanço de novo vírus e sofrem com isolamento
Enquanto famílias de todo o Brasil mudam a rotina para ficar em casa e modificam hábitos de higiene, outras não têm a mesma chance.
A parcela da população que vive em situação de rua não tem onde ficar reclusa, muito menos um local para lavar as mãos.
Sem acesso a cuidados básicos nesses tempos de prevenção ao coronavírus, a busca pela sobrevivência nas praças e vielas virou um risco.
O isolamento social forçado na maior parte das cidades também escancarou um outro problema. Paulo Souza diz que o medo do coronavírus e a quarentena reduziram as ajudas que ele recebia.
“Estamos tentando, garimpando para poder se sustentar. Muitas pessoas deixaram de ajudar a gente pode medo desse vírus.”
No centro do Rio de Janeiro, contrariando as orientações, filas de pessoas em situação de rua se formam na região central. Estão em busca de comida e alguma ajuda de entidades e ONGs.
Denise dos Santos chegou à cidade há um ano e espera por vagas em abrigos e pede mais ações das autoridades brasileiras.”Então a gente precisa que o nosso presidente faça algo por nós, nosso governador, nosso prefeito ajude e faça com honestidade. Não adianta pegar e nos colocar lá com monte de gente.”
Nesta quarta-feira (25), o governador do Rio, Wilson Witzel, anunciou um programa que vai beneficiar 1 milhão de famílias com cesta básica e materiais de limpeza.
Só na cidade do Rio de Janeiro, há cerca de 15 mil pessoas morando nas ruas, sendo que há 2 mil e 300 vagas em abrigos.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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