Moro defende Coaf na Justiça e diz que não deixa cargo se pacote anticrime não avançar
O ministro afirmou que mantém o compromisso com o combate à corrupção
O ministro Sergio Moro afirmou nesta segunda-feira (13) que o Coaf ficaria melhor sob a tutela do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras é responsável por monitorar grandes transações financeiras.
Na semana passada, parlamentares que avaliam a reforma administrativa decidiram retirar o órgão das mãos de Moro e enviá-lo de volta ao Ministério da Economia.
O ministro Sergio Moro declarou que o Coaf é estratégico para o combate à corrupção. Durante entrevista exclusiva à Jovem Pan do Paraná, o ministro esclareceu que nunca pediu para ter controle sobre o Conselho, mas ressaltou que no antigo Ministério da Fazenda, o Coaf estava negligenciado.
Moro não quis avaliar se a decisão do Congresso foi uma derrota pessoal. Ele ainda indicou que o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem interesse em controlar o Coaf.
O ministro negou, ainda, que deixará o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública caso o pacote anticrime não seja aprovado no Congresso.
Ex-juiz da Lava Jato, o ministro afirmou que mantém o compromisso com o combate à corrupção. Questionado sobre o caso Queiroz, Sergio Moro explicou que não pode interferir nas investigações.
Fabrício Queiroz é investigado após o Coaf ter identificado movimentações suspeitas na conta dele. Na época, Queiroz atuava como assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro, quando o filho do presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual no Rio de Janeiro.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.