Moro diz que Exército no entorno do presídio de Marcola em Brasília é ‘prevenção’
Ministro decretou uma GLO que coloca os militares das Forças Armadas como responsáveis pela segurança da área externa
Militares das Forças Armadas estarão responsáveis pela segurança da área externa da Penitenciária Federal de Brasília até pelo menos o próximo dia 6 de maio. O decreto de Lei da Garantia e da Ordem (GLO), que autoriza a medida, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (7).
O texto é assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro; da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva; e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.
Segundo o decreto, a atuação dos militares na área externa do presídio será em conjunto com as demais forças de segurança pública e terá o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que é o órgão responsável pela gestão do Complexo Penitenciário da Papuda, que fica na mesma região do Presidio Federal, informou que está em contato com o comando militar do Planalto para eventuais coordenações necessárias.
Segundo o ministro da Justiça, Sergio Moro, a ideia é se antecipar aos criminosos. “Bem, o governo está sempre adiante dos criminosos e a ideia é prevenir eventuais tentativas de resgate. Colocando uma GLO isso vai ser prevenido totalmente. Claro que já estávamos tomando uma série de medidas a esse respeito, a população esta muito segura, e o governo sempre se antecipando aos criminosos. São os criminosos que tem que ter medo do governo e não o contrário”, afirmou.
Na prática, a GLO autoriza o Ministério da Defesa a definir os meios de segurança disponíveis, em caso de necessidade, e a área de atuação dos militares. A pasta informou que a medida tem caráter preventivo, com o objetivo de se manter o elevado nível de segurança do local onde estão isolados integrantes de organizações criminosas.
De qualquer forma, é importante lembra que a edição da GLO ocorre no momento que o governo tenta mostrar força no combate ao crime organizado, em especial após a fuga de 75 presos da penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Eles eram, na sua maioria, ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), comandada por Marcos Camacho, o Marcola, que está preso na Penitenciária Federal de Brasília.
* Com informações do repórter Antônio Maldonado
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.