Moro diz que Exército no entorno do presídio de Marcola em Brasília é ‘prevenção’

Ministro decretou uma GLO que coloca os militares das Forças Armadas como responsáveis pela segurança da área externa

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2020 10h42
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Marcelo Camargo/Agência Brasil penitenciária Ideia é se antecipar aos criminosos e a eventuais possíveis fugas

Militares das Forças Armadas estarão responsáveis pela segurança da área externa da Penitenciária Federal de Brasília até pelo menos o próximo dia 6 de maio. O decreto de Lei da Garantia e da Ordem (GLO), que autoriza a medida, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (7).

O texto é assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro; da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva; e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno.

Segundo o decreto, a atuação dos militares na área externa do presídio será em conjunto com as demais forças de segurança pública e terá o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que é o órgão responsável pela gestão do Complexo Penitenciário da Papuda, que fica na mesma região do Presidio Federal, informou que está em contato com o comando militar do Planalto para eventuais coordenações necessárias.

Segundo o ministro da Justiça, Sergio Moro, a ideia é se antecipar aos criminosos. “Bem, o governo está sempre adiante dos criminosos e a ideia é prevenir eventuais tentativas de resgate. Colocando uma GLO isso vai ser prevenido totalmente. Claro que já estávamos tomando uma série de medidas a esse respeito, a população esta muito segura, e o governo sempre se antecipando aos criminosos. São os criminosos que tem que ter medo do governo e não o contrário”, afirmou.

Na prática, a GLO autoriza o Ministério da Defesa a definir os meios de segurança disponíveis, em caso de necessidade, e a área de atuação dos militares. A pasta informou que a medida tem caráter preventivo, com o objetivo de se manter o elevado nível de segurança do local onde estão isolados integrantes de organizações criminosas.

De qualquer forma, é importante lembra que a edição da GLO ocorre no momento que o governo tenta mostrar força no combate ao crime organizado, em especial após a fuga de 75 presos da penitenciária de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Eles eram, na sua maioria, ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), comandada por Marcos Camacho, o Marcola, que está preso na Penitenciária Federal de Brasília.

* Com informações do repórter Antônio Maldonado

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