Moro rebate informações sobre palestra remunerada divulgada em site
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, rebateu acusações sobre prestação de contas e disse que não citou palestra para evitar “autopromoção.”
Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo e do site The Intercept, publicada neste domingo (4), destaca que Moro omitiu uma palestra remunerada que deu em setembro de 2016 ao prestar contas das atividades quando era juiz em Curitiba. As informações foram obtidas por meio de supostas mensagens que estão sendo reveladas aos poucos na chamada “Vaza Jato.”
De acordo com a Folha, Moro teria trocado mensagens com o procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, sobre a palestra.
Ele teria dito que um executivo do grupo de comunicação Sinos queria o contato de Dallagnol para um convite. Segundo as supostas mensagens, Moro teria escrito que fez uma palestra no local e que teria sido bem pago.
Em nota, a assessoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que a omissão da palestra nas prestações de contas pode ter ocorrido por “puro lapso” e também ressaltou que R$ 10 mil, parte do cachê recebido, foram doados a uma instituição de caridade.
Moro também se manifestou em uma rede social, reforçando que o dinheiro havia sido doado à entidade Pequeno Cotolengo, dedicada aos cuidados de pessoas com deficiência.
Após a nota, o jornal publicou uma nova matéria dizendo que o ministro distorceu a reportagem “ao justificar omissão de palestra remunerada.” Para a Folha, o ministro mentiu ao dizer que foi criticado por não ter registrado a palestra no cadastro eletrônico.
Moro novamente foi ao Twitter rebater as informações, alegando que a “Folha não pode simplesmente reconhecer que errou” e escreveu ainda que escondeu a doação à caridade decorrente da palestra em 2016 porque achou que poderia soar como uma “inadequada promoção.”
O ministro pediu “escusas pela revelação”, mas declarou que precisava se defender de “falsos escândalos.” Sergio Moro concluiu dizendo que “há outras doações, mas que os fatos importam mais do que a publicidade.”
*Com informações da repórter Marcella Lourenzetto
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