Morte de Marielle teria sido encomendada por conselheiro do TCE-RJ, diz site

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2019 07h04 - Atualizado em 28/10/2019 08h22
Guilherme Cunha/Alerj Marielle Franco Marielle era ativista dos Direitos Humanos e denunciava a truculência policial, bem como a atuação das milicias nas favelas cariocas

O chefe da milícia de Rio das Pedras, Jorge Alberto Moreth – o Beto Bomba -, disse em conversa telefônica com o vereador Marcello Siciliano que o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco foi encomendada pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, ao escritório do crime. – braço armado da milícia que atua na Zona Oeste da capital fluminense e é comandado pelo ex-PM, Adriano Magalhães da Nóbrega.

A conversa aconteceu em fevereiro de 2019 e as informações foram obtidas pelo portal UOL.

Adriano é amigo do PM reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro – tendo sido, inclusive homenageado na Alerj. Ele também tinha a esposa e a mãe nomeadas em seu gabinete.

Na conversa com Siciliano, Beto Bomba afirma que membros do escritório do crime executaram Marielle sem o consentimento de Adriano. O miliciano ainda diz que a execução teria sido feita por três matadores de aluguel ligados ao escritório.

Marielle era ativista dos Direitos Humanos e denunciava a truculência policial, bem como a atuação das milicias nas favelas cariocas. Os atiradores executaram a parlamentar em um lugar sem câmeras e, antes, haviam perseguido o carro dela por cerca de 4 km.

Em março desse ano a policia do Rio de Janeiro prendeu dois suspeitos de terem assassinado Marielle: o policial reformado Ronnie Lessa e o ex-militar Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro é acusado de ter feito os disparos; o segundo, de ter dirigido o veículo.

*Com informações do repórter Renato Barcellos

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