Morte de vereadora pode cancelar visita de Temer ao RJ para balanço de um mês de intervenção
O Governo ainda discute se o presidente Michel Temer vai ou não ao Rio de Janeiro no domingo (18) para balanço de um mês da intervenção federal no Estado.
Dentro do Palácio do Planalto a avaliação é de que o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, fortalece a necessidade da intervenção na segurança pública, mas também muda o enfoque positivo, que estava sendo dado até agora.
Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, há muita cobrança por resultados, mas ninguém esperava que em um mês o problema estivesse resolvido: “claro que não podemos dizer, e nem tínhamos essa expectativa e, com todo respeito, imbecil é quem imaginou que em 30 dias estaria solucionado a questão da violência no RJ. Nunca foi nossa pretensão. Esse assassinato é prova de que se faz necessária a adoção de medidas extremas como essas que estamos adotando no RJ a partir da intervenção”.
Nesta quinta-feira (15), logo cedo o presidente Michel Temer, se reuniu com assessores e ministros para fazer uma primeira avaliação. Durante todo o dia manteve contato com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que passou boa parte do dia no Rio de Janeiro, onde inclusive se reuniu com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
No Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luiz Fux, que é do Rio de Janeiro, disse que estava chocado com a notícia.
No Supremo Tribunal Federal a ministra Cármem Lúcia, afirmou que com o assassinato, morre uma mulher. No caso de Marielle, morre um pouco de cada uma de nós.
Segundo a ministra, no entanto, a luta de Marielle por igualdade e justiça continua viva e o nosso compromisso de continuar com ela. Assim, ela continua conosco.
*Informações da repórter Luciana Verdolin
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