Mortes em operação no Guarujá sobem para 10, diz delegado

Governador Tarcísio de Freitas exaltou o trabalho da polícia, garantindo que os ‘agentes não queriam confronto’ e que ‘não houve excesso’ na operação

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2023 06h17 - Atualizado em 01/08/2023 07h41
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Arquivo Pessoal/Patrick Bastos Reis Patrick Bastos Reis era soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi morto na quinta-feira, 27, na cidade do Guarujá, no litoral de São Paulo

O delegado Antônio Sucupira, titular da Delegacia Sede do Guarujá, no litoral paulista, confirmou na tarde desta segunda-feira, 31, que ao menos dez pessoas foram mortas durante as operações da polícia em busca dos responsáveis pela morte do soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis. O governador de  São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), havia informado oito mortes. Três pessoas foram presas por envolvimento no crime, entre eles Erickson David da Silva, acusado de atirar e matar o PM na última quinta-feira, 27. Equipes do Ministério Público do Estado (MP-SP), da Ouvidoria da Polícia, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) devem investigar denúncias de violações de direitos humanos no episódio. As imagens das câmeras de segurança acopladas aos uniformes dos agentes que atuaram na operação devem ser analisadas. Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também manifestaram preocupação com o número elevado de mortes na operação policial. Tarcísio disse que “não houve excesso” da polícia e que “quem se entregou foi preso”.

O governador classificou como “inadmissível” o ataque contra o soldado. “Abalou muito a nossa polícia e a nossa sociedade. É inadmissível que um soldado da polícia no serviço seja atacado. É inadmissível que o crime ataque um policial”, disse. Tarcísio afirmou que houve conflito quando a polícia foi hostilizada durante as ações e alegou que os agentes não queriam confronto. “A polícia quer evitar o confronto de toda forma. Mas temos uma polícia treinada e que segue à risca as regras de engajamento. A partir do momento em que a polícia é hostilizada, que há o confronto e que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente, há o confronto. A gente não quer o confronto de jeito nenhum”, afirmou. “Cada ocorrência é investigada. Todas serão investigadas. Não podemos permitir que a população seja usada e não podemos sucumbir às narrativas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas e o crime organizado. […] Não houve hostilidade, não houve excesso. Houve atuação profissional e que resultou em prisões. Nós vamos continuar com as operações”, disse o governador.

*Com informações da repórter Soraya Lauand.

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