Motorista de caminhão atingido por helicóptero disse que não viu momento da queda

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2019 07h27 - Atualizado em 12/02/2019 08h00
JF Diorio/Estadão Conteúdo Caminhoneiro há 31 anos, João Adroaldo contou que foi surpreendido e apenas se lembra de sair da praça de pedágio e a pista estar liberada

O motorista do caminhão que colidiu com o helicóptero do jornalista Ricardo Boechat disse que não viu a aeronave no momento da queda e apenas entendeu o ocorrido após ser retirado da cabine. Caminhoneiro há 31 anos, João Adroaldo contou que foi surpreendido e apenas se lembra de sair da praça de pedágio e a pista estar liberada.

Fã de Ricardo Boechat, João Adrolado era transportador da mesma empresa há 22 anos e nunca havia se envolvido em um acidente. Ele vinha de Diadema, onde descarregou mercadorias e seguia para Cajamar.

Antes de prestar depoimento na delegacia, o motorista chegou a passar mal e precisou ser internado no hospital, onde realizou exames. Ele contou que se feriu levemente com cacos de vidro, mas que a emoção do ocorrido o deixou abalado.

A queda da aeronave que levava Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci ocorreu próximo ao quilômetro 7 do Rodoanel, sentido Castelo Branco.

A perícia do acidente é feita pela Polícia Técnica Científica e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Ainda não há prazo para entrega dos laudos finais da investigação.

Para o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Luis Roberto Hellmeister, apenas a reunião desses pareceres, com imagens da rodovia e provas testemunhais, é que poderá dar a ideia do que de fato ocorreu. O delegado ainda esclareceu que a morte do piloto e dono da empresa de aeronaves deixa a questão de quem responderia criminalmente pelo acidente, caso seja identificado o mau uso do helicóptero.

No entanto, o delegado Luis Roberto ressaltou que as provas testemunhais acumuladas até então indicam que houve pane mecânica.

A empresa RQ Serviços Aéreos Especializados era proibida de prestar serviços de táxi-aéreo, quando o transporte é remunerado. Em 2011, a companhia chegou a ser autuada por oferecer o serviço em voos panorâmicos e foi multada em R$ 8 mil.

A Agência Nacional de Aviação Civil afirma que já abriu um processo administrativo para apurar o tipo de viagem feita com o jornalista Ricardo Boechat e se houve cobrança.

*Informações da repórter Victoria Abel

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