Contra retirada de 250 ônibus das ruas, motoristas e cobradores ameaçam greve em SP

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2019 06h38 - Atualizado em 29/07/2019 06h39
Fotos Públicas O prefeito de São Paulo defende que os novos contratos emergenciais já adotem os termos da nova licitação porque isso traria eficácia e economia

A cidade de São Paulo pode ter uma greve de motoristas e cobradores nesta quarta-feira (31) contra mudanças imediatas na frota de ônibus. A raiz do problema está no fato de que a licitação dos transportes na cidade de São Paulo está paralisada por uma decisão judicial de maio.

O Tribunal de Justiça considerou que a duração de 20 dos contratos feria uma outra lei municipal. Com isso, a Prefeitura se viu obrigada a assinar novos contratos emergenciais, prática que vem sendo realizada há seis anos.

Só que a gestão Covas decidiu antecipar mudanças que seriam efetivadas na nova licitação, podendo retirar 250 ônibus das ruas.

O presidente licenciado do Sindicato dos Motoristas, Valdevan Noventa, teme que isso leve a demissões e diz que a decisão sobre a greve sai nesta segunda-feira (29). “Provavelmente na quarta-feira pararemos a cidade de São Paulo por 24 horas em todos os terminais. Decidiremos na segunda-feira, na nossa assembleia, a partir das 16 horas.”

O prefeito de São Paulo defende que os novos contratos emergenciais já adotem os termos da nova licitação porque isso traria eficácia e economia. Bruno Covas promete negociar para tentar evitar a greve e que o instrumento principal para isso seria o entendimento. “Seria um grande prejuízo a população trabalhadora, que depende muito do ônibus na cidade de São Paulo. Esperamos chegar a um bom denominador comum.”

A licitação dos ônibus de São Paulo é uma das maiores do mundo, com 33 contratos com valores que ultrapassam R$ 70 bilhões.

O processo se arrasta desde 2013 com diferentes gestões enfrentando vários questionamentos jurídicos.

*Com informações do repórter Tiago Muniz

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