Mourão considera difícil aprovação de reformas ainda em 2020

Na avaliação dele, as eleições municipais e o recesso parlamentar devem atrapalhar o debate sobre mudanças estruturais

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2020 07h28 - Atualizado em 16/10/2020 09h23
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Bruno Batista/ VPR Homem de máscara preta olhando para o lado. Está de terno, gravata vermelha e um fundo laranja e branco O vice-presidente lembrou que o Brasil precisa manter uma âncora fiscal, que é justamente o teto de gastos

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, não acredita que o Congresso Nacional conseguirá avançar com reformas ainda neste ano. Na avaliação dele, as eleições municipais e o recesso parlamentar devem atrapalhar o debate sobre mudanças estruturais. Ele defende, no entanto, que deputados e senadores retomem os trabalhos ainda em janeiro, justamente para tentar aprovar as alterações que são consideradas essenciais para a recuperação econômica brasileira. “Eu acho um pouco complicado ser aprovado esse ano [as reformas] porque temos mais um mês para as eleições municipais. Estão colocando toda a atenção do Congresso nela porque é a base de cada um dos congressistas e depois que terminar esse período terá mais vinte e poucos dias até o recesso do Congresso. O que tem se especulado é que no mês de janeiro o Congresso voltaria a trabalhar, não em fevereiro como faz normalmente.”

Mourão também falou nesta quinta-feira, 15,  sobre a possibilidade do governo furar o teto de gastos para custear o novo programa social, o Renda Cidadã, que substituiria o Bolsa Família e contemplaria pessoas que são, atualmente, beneficiadas pelo auxílio emergencial. O vice-presidente concorda com essa alternativa desde que conte com o apoio do Congresso e da sociedade. “Se ele for construído em comum acordo, obviamente tem que ser, com o Congresso que representa a sociedade como um todo, eu não vejo problema nenhum também”, disse. No entanto, o general fez questão de dizer que todas as possibilidades não passam de especulação e discussão. Ele lembrou que o Brasil precisa manter uma âncora fiscal, que é justamente o teto de gastos.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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