Mourão diz que óleo no Nordeste ‘é um mistério’ e que 600 toneladas já foram retiradas
o presidente em exercício, Hamilton Mourão, rebateu críticas do governadores sobre a atuação do governo federal no combate às manchas de óleo nas praias do Nordeste brasileiro e minimizou essas reclamações, afirmando que elas fazem parte da política. Ele negou qualquer tipo de omissão e explicou que, o que se pode fazer, no momento, é garantir a retirada do produto que está chegando nas praias.
Ainda segundo o vice-presidente, o trabalho de retirada das manchas de óleo nas praias vai contar com o reforço do Exército, o que seria uma forma, inclusive, do governo mostrar que não está de braços cruzados. “A gente está fazendo um trabalho e não está tendo visibilidade, então vamos botar visibilidade nisso aí”, disse.
Mourão se reuniu, nesta segunda-feira (21), com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para discutir o assunto e saber exatamente o que está sendo feito e quais serão os próximos passos. Segundo ele, todas as medidas do Plano Nacional de Contingência, que foi elaborado ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, já foram tomadas.
O Ministério do Meio Ambiente designou o Ibama para atuar em todo o litoral, enquanto o Ministério da Defesa determinou que a Marinha acompanhasse o caso de perto. A Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo (ANP), de acordo com Mourão, também já foram acionadas.
Mourão ressaltou que, além de contornar os problemas e minimizar os danos, o governo trabalha para identificar os responsáveis pelo vazamento. “O máximo que a gente pode fazer, hoje, é ter gente capacitada para recolher esse óleo que chega nas praias. E é isso que nós estamos fazendo, e obviamente continuando a busca para saber as causas, se foi dolosa, qual a origem desse óleo. Não há previsibilidade [do fim do problema] porque não consegue se detectar a mancha. Pode vir a NASA, quem quiser, que não consegue enxergar isso. É um mistério”, avaliou.
O vice-presidente afirmou que mais de 600 toneladas de petróleo já foram retiradas das praias e lembrou que o vazamento é um caso único no mundo. Segundo o Ministério da Defesa, 48 organizações militares e 15 navios fazem o acompanhamento das manchas de óleo e tentam contê-las antes de chegar no litoral. 30 navios estrangeiros de 10 países diferentes que circularam na área estão sendo monitorados e investigados.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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