Movimento anti-establishment avança para formar coalizão na Itália
Após eleição inconclusiva, partido anti-establishment prepara propostas para formar coalizão na Itália. De acordo com o líder do Movimento 5 Estrelas, Luigi Di Maio, as medidas giram em torno de políticas econômicas.
A legenda recebeu o maior número de votos, mas não conquistou cadeiras suficientes para governar o país sozinho.
Para o cientista político Marcus Vinicios Macedo Pessanha, o resultado do Movimento 5 Estrelas mostra o descrédito da política tradicional na Itália: “o resultado das últimas eleições na Itália confirma inclinação europeia aos populismos e conservadorismos, indicando descrédito da população com a política tradicional”.
Pessanha destacou o crescimento do nacionalismo anti-União Europeia na Itália.
Especialista em Direito Internacional, José Nantala Bádue Freire apontou que a possível mudança no direcionamento do país pode afetar brasileiros: “a gente sabe que eventual saída da Itália da União Europeia afeta a livre circulação de italianos no território europeu e isso vai impactar a vida de pessoas que têm dupla nacionalidade”.
Freire alertou também para dificuldades a empresas estrangeiras.
Funcionário da Embaixada Italiana em Brasília, Pasquale Matafora, destaca o encolhimento do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi: “enquanto isso, se abre uma forte discussão interna do Partido Democrático. Renzi sai derrotado, já apresentou as demissões para não ser mais secretário do partido”.
Pasquale Matafora também concorreu ao parlamento italiano nas eleições italianas. Dois ítalo-brasileiros conquistaram cadeiras na Câmara do país europeu: Fausto Longo, de Piracicaba, e Luis Lorenzato, de Ribeirão Preto.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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