Movimento Parque Augusta critica falta de transparência e pressa em plano da Prefeitura
Plano da Prefeitura de São Paulo para o Parque Augusta divide associações que desejam criação do espaço.
O acordo da administração municipal prevê que as construtoras Cyrela e Setin abram mão do terreno de 24 mil metros quadrados. Em troca, as empresas receberiam uma área de 18 mil metros quadrados onde hoje está instalada a Prefeitura Regional de Pinheiros.
O plano também indica que elas também deverão construir uma creche e um centro de acolhida para pessoas em situação de rua.
Além disso, as construtoras também deverão construir a infraestrutura do parque em si e cuidar da manutenção do espaço por dois anos.
O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou que os pontos estabelecidos oferecem uma ampla vantagem ao município.
A diretora da Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do Bairro Cerqueira César viu com bons olhos o acordo anunciado pelo prefeito. Célia Marcondes considerou que a permuta possibilitará a realização de um sonho para a comunidade da região: “é isto realmente que buscávamos. Que sem precisar tirar dinheiro dos cofres municipais, que podemos fazer permuta com terreno ocioso e conseguir, na contrapartida, o parque, sonho de tantas pessoas por tantos anos”.
Por outro lado, o Movimento Parque Augusta diz que falta transparência ao plano anunciado pela Prefeitura de São Paulo.
O ativista Daniel Scan pediu cautela e considerou que o acordo premia as construtoras: “devastaram a área, cortaram árvores, agora tem tapumes cortando o parque. Eles não podem sair premiados. A gente considera que esse acordo com pressa e pouco transparente, acaba premiando eles”.
A Jovem Pan procurou as construtoras Cyrela e Setin, que não vão se pronunciar sobre o assunto.
A área do Parque Augusta fica entre as ruas Caio Prado, Augusta, Consolação e Marquês de Paranaguá.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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