MP instaura inquérito e Procon cobra explicações de rede de fast-food por conduta discriminatória
O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar conduta discriminatória por parte de funcionários da rede de fast food McDonald’s.
De acordo com relatos, Fernanda Vicentina da Silva foi impedida de comprar sorvete para os filhos por seguranças da unidade da rua Domingos de Morais, na capital paulista. A mulher, que é negra, foi abordada por um segurança que a mandou embora do estabelecimento.
O inquérito vai apurar a atuação da rede e investigar se a empresa tem políticas corporativas de promoção da igualdade racial.
A Fundação Procon de São Paulo também notificou o McDonald’s pela conduta discriminatória.
A advogada Rosana Chiavassa ressaltou que o Procon pode pedir imagens de câmeras de segurança para verificar o ocorrido: “provado o preconceito,o racismo, o McDonald’s será obrigado a pagar indenização a ela”.
Se for provada a responsabilidade da empresa, a vítima ganhará o processo.
A empresa terá que explicar à Fundação Procon os critérios de contratação do serviço de segurança e a política de treinamento de funcionários.
Além disso, o Ministério Público de São Paulo também cobrou as orientações dadas aos empregados e empresas terceirizadas sobre o relacionamento destes com os clientes.
Por meio de nota, o McDonald’s informou que não compactua com nenhum tipo de discriminação e está realizando a apuração interna sobre o caso. Até que tudo seja esclarecido, a rede afirmou que afastou o funcionário terceirizado envolvido.
*Informações da repórter Nanny Cox
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