MP investiga rompimento de barragem na Bahia

Incidente ocorreu na manhã de quinta-feira (11) e deixou pelo menos 350 famílias desabrigadas

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2019 08h06
Divulgação Pelo menos 350 famílias ficaram desabrigadas após o rompimento da barragem do Quati, em Pedro Alexandre, na Bahia

O Ministério Público da Bahia (MPBA) instaurou um inquérito civil para apurar as causas e as consequências do rompimento da barragem do Quati, no município de Pedro Alexandre, na Bahia. O incidente ocorreu na manhã de quinta-feira (11) e deixou pelo menos 350 famílias desabrigadas. Não há informações de vítimas fatais nem de desaparecidos.

De acordo com a promotora do meio ambiente do Ministério Público baiano, Luciana Khoury, o inquérito tem como objetivo apurar a situação em que a barragem se encontrava. “Vamos apurar as responsabilidades, se houve as devidas medidas para a construção da barragem, se tiveram as fiscalizações pelo Enema, que é o órgão que tem essa responsabilidade. O que essas fiscalizações apontaram? Já existiam indicações de problemas estruturantes na barragem? Porque essa barragem é considerada de alto risco em razão da população logo abaixo”, disse ela.

A promotora do meio ambiente explicou ainda que, por ser uma região semi árida, a chuva é importante para a população local, que sofria há quatro anos com a seca. O grande volume das águas nos últimos dias é que pode ter causado o rompimento da estrutura.

Ao contrário da barragem de Brumadinho, por exemplo, que estourou no começo deste ano, a estrutura de Pedro Alexandre não era composta por rejeitos de minério, conforme explica Khoury. “Você tem uma diferneça porque ela não é feita com rejeito, ela é feita com água e existe a passagem de água de maneira permanente.”

A barragem do Quati foi construída pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (Car) e entregue em novembro de 2000 à Associação de Moradores da Comunidade de Quati.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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