MP investiga se ex-chefe da Polícia Civil no RJ participou de esquema de corrupção no governo Witzel

Allan Turnowski é suspeito de ter ajudado um executivo envolvido em esquema milionário que deixou de entregar unidades de saúde de campanha na pandemia da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 13/09/2022 10h52 - Atualizado em 13/09/2022 12h06
Tânia Rego/ Agência Brasil Allan Turnowsk foi preso em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro Allan Turnowsk foi preso em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro na semana passada

O Ministério Público do Rio de Janeiro está investigando se o ex-chefe da Polícia Civil do Estado, Allan Turnowski, preso na semana passada de maneira preventiva, atuou para ajudar o executivo da Organização Social Iabas, que esteve no centro das investigações sobre desvios de recursos para enfrentamento da pandemia da Covid-19. A Iabas tinha contratos com o governo do Estado para a construção de hospitais de campanha, dentre os quais muitos jamais saíram do papel. O escândalo derrubou o então governador Wilson Witzel (PSC), em 2021, que foi impeachmado por decisão da justiça. O delegado, que atualmente está no sistema carcerário do Estado, é ainda acusado de organização criminosa e ligação com o jogo do bicho. Ele e um outro delegado, Maurício Demétrio, que foi preso em 2021, são suspeitos de fraudes e ligações com contravenção. Mensagens de celular de Demétrio para Turnowski alertavam que o MP poderia atingir amigos de ambos e pediam que o colega intercedesse, para que não houvesse participação da imprensa, por exemplo, no local onde seria cumprido o mandado de prisão contra um dos alvos de uma operação do MP que descobriu um esquema milionário de recursos da saúde do município do Rio de Janeiro e do Estado. O amigo citado por Demétrio nas mensagens era Luiz Eduardo da Cruz que, na época, era presidente do Conselho de Administração do Iabas.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.