MP investiga se ex-chefe da Polícia Civil no RJ participou de esquema de corrupção no governo Witzel
Allan Turnowski é suspeito de ter ajudado um executivo envolvido em esquema milionário que deixou de entregar unidades de saúde de campanha na pandemia da Covid-19
O Ministério Público do Rio de Janeiro está investigando se o ex-chefe da Polícia Civil do Estado, Allan Turnowski, preso na semana passada de maneira preventiva, atuou para ajudar o executivo da Organização Social Iabas, que esteve no centro das investigações sobre desvios de recursos para enfrentamento da pandemia da Covid-19. A Iabas tinha contratos com o governo do Estado para a construção de hospitais de campanha, dentre os quais muitos jamais saíram do papel. O escândalo derrubou o então governador Wilson Witzel (PSC), em 2021, que foi impeachmado por decisão da justiça. O delegado, que atualmente está no sistema carcerário do Estado, é ainda acusado de organização criminosa e ligação com o jogo do bicho. Ele e um outro delegado, Maurício Demétrio, que foi preso em 2021, são suspeitos de fraudes e ligações com contravenção. Mensagens de celular de Demétrio para Turnowski alertavam que o MP poderia atingir amigos de ambos e pediam que o colega intercedesse, para que não houvesse participação da imprensa, por exemplo, no local onde seria cumprido o mandado de prisão contra um dos alvos de uma operação do MP que descobriu um esquema milionário de recursos da saúde do município do Rio de Janeiro e do Estado. O amigo citado por Demétrio nas mensagens era Luiz Eduardo da Cruz que, na época, era presidente do Conselho de Administração do Iabas.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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